Objectivamente o hipnoterapeuta vai usar os seus conhecimentos para ajudar o paciente a erradicar da sua vida o problema que origina o sintoma que o leva a procurar ajuda. Sempre que tal seja possível. Em outros casos o técnico ajudará a diminuir a expressão do sintoma. Mas, tal como numa viagem de carro em que a pessoa que conduz desconhece o caminho e a pessoa que vai ao lado é a que conhece o itinerário é necessário confiança, cooperação, respeito, etc., assim acontece na relação terapêutica. É o paciente quem se conduz e por consequência quem detém o poder de seguir as indicações com o objectivo de estar em contacto com a sua mente inconsciente, essa parte que controla funções como a pressão arterial, o sistema imunológico, hábitos e vícios, batida cardíaca, respiração, ou seja, o paciente detém um maior poder sobre os processos fisiológicos.
A Hipnose é uma condição natural ao ser humano. A pessoa hipnotizada aumenta a sua capacidade de concentração e pode obter enormes vantagens na vida, pois pode reprogramar rápida, segura e eficazmente a sua mente inconsciente para o seu próprio benefício. Por outro lado, percepcionar as próprias limitações, trazê-las à consciência e querer ultrapassá-las implica coragem, dedicação, empenho, recursos e força.
Existe ainda em muitas pessoas a convicção de que se entrarem em transe não se lembrarão de nada. Este receio é completamente falso uma vez que o paciente está durante toda a sessão absolutamente consciente. Tal como numa conversa normal se retém apenas os assuntos mais importantes, também assim é numa sessão de Hipnose Clínica. Não se recordam todas as palavras. Apenas os assuntos mais significativos.
Apesar de na indução hipnótica se poder usar terminologia alusiva ao sono, “começa a ficar sonolento” ou “dormir bem fundo” o objectivo destas frases é apenas transmitir ao paciente a ideia de relaxamento associado ao acto de dormir.
Uma pessoa que tenha acumulado fortes derrotas ao longo da vida pode adquirir a poderosa crença negativa frente a um qualquer novo desafio de que não é capaz. A sua auto-estima encontra-se diminuída, e o medo assume o “leme” das escolhas da própria vida. Tudo parece um enorme desafio e é assustador. No entanto, a Hipnose é um poderosíssimo meio para reformular os seus conceitos perante a vida e para se reprogramar mentalmente para o êxito, para o sucesso e realizações positivas. Além de que todos nós, todos os dias, entramos neste tipo de estado naturalmente.
Durante todo o tratamento o objectivo do paciente e do Hipnoterapeuta é o mesmo, ajudar o paciente a resolver o seu problema, confortar e ajudar a entrar num estado de maiores recursos, aumentar a sua autoconfiança, e ajudá-lo a ganhar autonomia e independência. Aumentando o seu bem estar geral. O hipnoterapeuta é apenas o guia do paciente durante o processo terapêutico. Toda a Hipnose é auto-hipnose ou de modo ainda mais simples toda a hipnose é auto-sugestão guiada. O poder de alcançar um objectivo, o poder da mudança está dentro da própria mente do paciente.
O paciente acorda sempre. Assim como acorda naturalmente após o sono. Se o paciente fosse deixado em transe, sozinho, passado alguns minutos acordaria normalmente. O paciente está sempre consciente, ouve e percepciona todo o ambiente. O seu sentido crítico está intacto e activo como no estado Vigil.
Apesar de a Hipnose ser cada vez mais utilizada no meio Clínico, de ser uma ferramenta psicoterapeutica com cada vez mais provas dadas ao nível das terapias breves ainda existem muitos mitos sobre ela. Estes mitos ainda fazem com que muitas pessoas pensem que a Hipnose é ou pode ser prejudicial à saúde. Pelo contrário. Com a Hipnose Clínica dispomos de um poderosíssimo, rápido e eficiente acesso à mente inconsciente para reduzir ansiedade, medos, reduzir ou eliminar dor crónica, reduzir ou eliminar os afrontamentos da menopausa, reduzir os surtos de psoríase, abandonar o vício do tabaco, de roer as unhas, de comer compulsivamente, etc.